— Para quem escreve?
— Não escrevo para ninguém. Seria a última coisa, rebaixar-me a isso! Escreve-se pela coisa em si.
— No entanto, dirige-se às pessoas. Fala-lhes, interpela-as, desculpa-se de as esquecer...
— É um truque. Na verdade, desprezo-as. O que pensam e o que não pensam!... Se uma pessoa se preocupa com o que pensam, fica à mercê dos leitores, do leitor, e está tudo dito!
Céline numa entrevista, em 1957.
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