Havia momentos em que o papá ficava a olhar para a mamã e se ria da sua cara sempre composta e séria.
"Qual é a graça?", perguntava ela.
O papá não respondia e continuava a rir.
"Parece que és parvo."
Ele levantava-se, abraçava-a e dava-lhe um beijo com força.
O amor talvez seja ficarmos a rir olhando para o rosto da pessoa amada, não nos importarmos que ela nos chame de parvos, depois levantarmo-nos, abraçá-la e beijá-la. E mais nada.
Isabela Figueiredo, A Gorda.
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