quarta-feira, 21 de junho de 2017

O eucaliptal que cresce dentro do jornalismo

Incomoda-me, a par, como o termo «fazedor de opinião» serve bem: há um quê de jogo e o golo raramente é provocar, criar dissidência, mas, pelo contrário, arranjar rebanho, que é o que faz a marca do cronista e lhe assegura valor de mercado — e isso cria uma dependência potencialmente tão nefasta quanto a da militância partidária (o alarde com que volta e meia um festeja o seu contracorrentismo lembra-me sempre machos de pila pequena gabando-se dos seus vinte e cinco centímetros). Um jornalista bom agora é marca branca e vale pouco.

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