terça-feira, 4 de julho de 2017

Guedes: o medo é uma cena que a ele não lhe assiste

Foi o caso agora de o nosso amigo Guedes, o Valente que se diz Pulido, ou ao contrário, vir anunciar uma grande nova. Abriu primeiro à cotovelada toda a massa literária portuguesa que disse ser uma farrapada de epígonos e de mediocralhada para os varredores municipais. E depois desta operação de limpeza, avançou ele. Mas como? Também escrevia romances? Ah, sim, evidentemente. Ele é que iria dizer como era. Ele é que sabia. Portanto um livro bom? Obviamente um livro óptimo. Literatura era com ele. Do lixo literário havia apenas um fragmento aproveitável. Mas não o entusiasmava. Ele é que conhecia a receita para um romance como devia ser.
Vergílio Ferreira, Conta-Corrente, Nova Série, Vol. II.

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