sexta-feira, 22 de setembro de 2017

A mecânica do desejo

Imagino que o meu amigo seja daquelas mentes modernas que acham o nacionalismo uma doença de velhos, que tanto faz viver neste ou naquele país, que o que interessa é o que o indivíduo carrega dentro de si e não o pedaço de terra onde nasceu. E eu percebo isso tudo, amigo Vieira, e não o censuro. Mas só aqueles para quem a pátria é uma coisa certa podem prescindir dela. Os exilados, os desterrados, os expulsos, os anatemizados, os malditos, esses estão condenados a amar as suas terras. Felizes dos que podem matar o pai, amigo Vieira.
Bruno Vieira Amaral, Hoje Estarás Comigo no Paraíso.

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